Totalmente gratuito, o Festival Brotar reuniu mais de mil pessoas interessadas em atividades com foco em sustentabilidade e uma vida melhor para todos.
Cada vez mais, as pessoas vão percebendo o poder da colaboração como importante ferramenta para fazermos deste mundo um lugar melhor para se viver. Um exemplo foi um evento organizado totalmente de forma colaborativa para celebrar a sustentabilidade. Realizado no último dia 24 de junho, o Festival Brotar reuniu um público de cerca de mil pessoas nos jardins do Museu de Arte de Joinville (MAJ).
A programação – inteiramente gratuita – contou com mais de 30 atividades, incluindo rodas de conversa, oficinas, palestras, exposição de fotografias, shows musicais e até um piquenique colaborativo, em que todos os alimentos compartilhados eram livres de ingredientes de origem animal. Também houve exposição de produtos sustentáveis como absorventes ecológicos, embalagens que substituem o uso de plástico no acondicionamento de alimentos, roupas produzidas de forma ética e sustentável, além de bijuterias confeccionadas a partir de madeira de demolição.
As oficinas abordaram temas como compostagem, manutenção de bicicletas, aproveitamento integral de alimentos, produção de leites vegetais e de identificação de plantas alimentícias não convencionais (pancs), compostagem, entre outras. Já as rodas de conversa abordaram temas como maternidade e paternidade conscientes, saúde na infância, educação para a paz, cosméticos naturais, atenção plena (meditação) para mulheres, entre outros.
Atividades voltadas para a promoção da saúde e bem-estar, como aula de Tai Chi Chuan, rodas de conversa sobre os benefícios do Yoga, Reiki, meditação e alimentação saudável também foram destaque no Festival.
O Festival não teve fins lucrativos e foi organizado com o apoio da direção do Museu de Arte de Joinville. Além da organização, profissionais de várias áreas, junto com músicos e artistas, doaram tempo e conhecimento para a realização das atividades. Toda infraestrutura para a montagem do evento, incluindo os alimentos consumidos no piquenique, foram doados e compartilhados por parceiros da organização, formada por Arthur Rancatti (Rastro Soluções Sustentáveis), Carla Ereno (Keep Eco), Ciléia Pontes (Majuí Comunicação), Roberta Schuwartz (TrimTab Treinamento), Sabrina Gaertner (GayaTree Alimentos que Nutrem) e Sheila Wheling (Verde Capim Orgânicos).
Evento Lixo Zero
Uma das preocupações da organização do Festival Brotar foi organizar um evento com o mínimo de impacto ao meio ambiente. Por isso, houve separação de resíduos em recicláveis, não recicláveis e compostáveis. Do público, foi solicitado que levasse copos, canecas e talheres próprios para o piquenique, o que evitou o uso de descartáveis.
Como parte das atividades, foi realizado um mutirão de limpeza no Parque das Águas, ao lado do MAJ, mostrando ao público a necessidade de cada um se responsabilizar por seus resíduos. A atividade foi coordenada pelo Coletivo de Limpeza de Praias, Mangues e Rios de Joinville. Foram coletados material descartável, garrafas pets, cacos de vidros, fios de energia, embalagens de alimentos e em torno de 1,5 mil bitucas de cigarro.
Atrações musicais
A colaboração e o desejo de compartilhar dons também marcaram a programação musical do Festival Brotar. Foram quatro atrações, sendo três bandas e apresentações individuais de músicos, como a cantora Felícia Oliveira, Digo Ventura, Jesus Luhcas, Vic Camara e Ellen Kiechle. Eles apresentaram composições próprias e de outros artistas.
As bandas que animaram a tarde e noite no MAJ foram a Chaos y Cosmo; com músicas experimentais, focadas na vibração da cura, do autoconhecimento e das medicinas da floresta. A segunda banda a se apresentar foi a Balu, Kiam e a Orquestra Patafísica, com um repertório composto de referências da música experimental brasileira, rock psicodélico, jazz-rock, música oriental contemplativa, música eletrônica — incluindo “soundscapes”. A terceira atração musical foi o quinteto de música instrumental Satelit Groove, apresentando músicas autorais e alguns temas conhecidos do funky-jazz.
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